No turbilhão das noites atuais, onde a busca por transa e festas parece dominar, eu me pego refletindo: será que o verdadeiro amor ainda tem lugar? Entre as luzes da balada e o barulho da multidão, há uma vontade silenciosa de encontrar algo que não se construa num piscar de olhos.
Como barman, conheço de perto o ritmo acelerado da vida noturna e a energia contagiante das festas. Mas, mesmo mergulhado nesse universo, sempre escolho a moderação. Para mim, o encanto está nos detalhes: no aroma de um café fresco logo pela manhã, na tranquilidade de um pôr do sol que pinta o céu com cores intensas, e na simplicidade de um piquenique no parque ou de um passeio de mãos dadas pela cidade.
Procuro alguém que entenda que o amor verdadeiro não se resume a encontros apressados ou a momentos de pura diversão. Quero compartilhar uma conversa longa e sincera, sentir a cumplicidade de um olhar e a calma de uma tarde preguiçosa. Alguém que, assim como eu, acredite que, quando a festa termina, o que realmente importa são os pequenos gestos e os momentos que aquecem o coração.
No meio do barulho e da correria, ainda acredito na magia de um amor que se constrói aos poucos, com paciência e autenticidade. Porque, no final das contas, o que faz a vida valer a pena é saber que, entre uma transa passageira e uma noite agitada, há sempre espaço para a beleza de um por do sol e para o aconchego de um café compartilhado.
Victor Cruvinel.
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